quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Companhia para o Valduero

Arrastou-a até a cozinha, um beijo em cada mão e outro na testa. Abriu o Valduero, bela safra. Ofereceu uma taça, sem resposta deduziu que quem cala consente. Abriu sua pequena boca, despejou.
Já perto do jantar – cortou a carne em tiras, colocou em um vasilhame, cobriu por água e se pôs sentado a picar alho, cebola, tomates e cheiro-verde.
Escorreu a água reservando-a. Na panela juntou a carne e refogou até soltar bem. Jogou alho, cebola, tomates e o cheiro-verde. Generoso foi com o sal e a pimenta.
Abaixou o fogo, tampou a panela e entre goles do Valduero mexia e molhava com a água reservada. Comeu sozinho, pois a companhia parecia sem vida.
As bochechas localizam-se na face, abaixo dos olhos, entre o nariz e a orelha (esquerda ou direita), tão belas refogadas quanto no rosto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário