domingo, 8 de janeiro de 2012

Comichão

Menina boa era a Claudia. Agora me sobra este traste. 21 anos, não trabalha nem estuda. Acorda tarde, igual ao pai. Até me corre um arrepio!
A Claudia não, saía cedo. Fazia meu café e colocava um bilhete na fresta da mesa avisando se voltava pro almoço. Quando sim fazia frango e polenta, ela adorava. Quando não, comia fora ... Me nego fazer comida pro traste!
Lembro como hoje, quinta de tardinha, ligaram avisando que a Claudinha estava morta perto da Catedral.

Dizem que quando perdemos um braço, por um tempo podemos sentir o braço ainda alí, sabe, sinto um comichão no bico do peito quando me vem a Claudia.

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